sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O bom perfume

O Natal deste ano foi maravilhoso. Pude viver o que eu chamo de clima perfeito para este evento do ano, o clima familiar. A noite que antecipou o anunciado do Natal pudemos, minha esposa e eu, desfrutar de um rico e maravilhoso momento com sua família. Foi um momento de agradável harmonia em destacar os grandes feitos deste ano e de, principalmente, estar gozando de saúde e de satisfação entre amigos e irmãos. Durante o próprio dia de Natal pegamos a estrada para visitar meu pai numa cidade do interior do RN, em São José do Mipibu. Completamos nossa felicidade em participar de mais um momento harmonioso entre família. Resolvemos fazer um churrasco improvisando uma churrasqueira. Juntamos alguns tijolos e, depois de muita luta, conseguimos fazer com o fogo pegasse. Havíamos levado um bom pedaço de carne de sol para ser a vítima daquele almoço. Quando a carne começou a assar pude sentir aquele cheiro maravilhoso de um churrasco feito em casa. Aquele aroma me fez voltar cerca de 25 anos atrás. Olhei para o meu e disse: o que esse cheiro lhe lembra? Ele sorriu para mim e disse: é verdade. Ele sabia que eu me referia ao tempo em que, nos finais de semana, íamos a um sítio que tínhamos no litoral sul de São Paulo. Enquanto ele trabalhava no sítio, meu irmão e eu nos aventurávamos nos cipós brincando de Tarzan. O nosso almoço era sempre um churrasco com uma churrasqueira improvisada. Queimávamos alguns pedaços de galho, que serviam como carvão, e ali assávamos um bom pedaço de carne. Como eram bons aqueles momentos.

Você já se pegou sendo transportado para um determinado tempo, ou se lembrando de alguém ou de algum lugar ao sentir certo tipo de fragrância? Dependendo de um aroma que você sinta, você pode se lembrar de algo alegre ou triste. Aquele aroma do churrasco nos fez lembrar boas memórias de um tempo que sentimos saudades.

O Velho Testamento, mais precisamente no livro de Levítico, nos apresenta os tipos de sacrifícios que deveriam ser apresentados no Tabernáculo do Senhor. Entre tais, havia os sacrifícios de culpa e o de ação de graças. Em ambos, ao apresentar o animal de acordo com a determinação de Deus, os animais eram queimados. Estes sacrifícios eram apresentados a Deus e simbolizavam o perfeito sacrifício de Jesus Cristo. Em Levítico 1:9, falando sobre a oferta queimada, o autor usa o termo “aroma agradável ao Senhor”. Imaginemos a grande satisfação de Deus em receber ofertas queimadas pela gratidão do ofertante para com Ele. Logicamente, Deus se alegrava na oferta queimada pela culpa, ou por um pecado cometido, pois um pecador se arrependera e demonstrava através daquele sacrifício um desejo de estar relacionado com Deus. Mas, ao fazer a relação entre os sacrifícios, qual a sensação que Deus teria a respeito dos aromas que subiam até Ele? Certamente, mesmo se alegrando por um pecador que se arrependera, o aroma da oferta queimada pelo pecado não cheirava bem. Enquanto que, o aroma da oferta queimada pela ação de graça, subia como agradável ao Senhor, pois alguém havia se regozijado em seguir os mandamentos de Deus, e certamente Deus se regozijava naquela pessoa.

Em 2 Coríntios 2:15 somos exortados por Paulo a exalar o bom perfume de Cristo. O apóstolo diz que somos para com Deus o bom perfume do Senhor Jesus. E de que modo somos tal perfume? De que maneira exalamos tal aroma? É o nosso modo de nos comportar que exala para outros o bom perfume de Cristo ou o aroma que desagrada a Deus. Comparando ao aroma do churrasco que me fez lembrar de um tempo bom da minha infância, o que levam as pessoas a pensar quando se lembram de você? Não importa se você já errou e apresentou seu sacrifício de arrependimento diante de Deus, certamente Ele te honrará. Mas, procure se esmerar de modo que através da sua vida outros possam checar à fragrância do conhecimento de Jesus.

Seja o aroma agradável ao Senhor uma constância em sua vida.

domingo, 16 de novembro de 2008

Nunca é tarde, não!

portaberta Havemos sempre de lembrar de alguém que avançou a porteira e seguiu adiante, sem pensar no que poderia acontecer tomando a sua parte dos bens e desejando ser livre. Quantos filhos pródigos conhecemos? Ou até mesmo, quantas vezes fomos filhos pródigos?

Todos nós, praticamente, conhecemos esta estória. Linda e emocionante estória. Alegro-me porque uma parábola de Jesus é uma verdade na vida de muitos. Alegro-me não pela ilustração, mas pelo fim desta estória contada em Luca 15:11-32.

Contou Jesus que "certo homem tinha dois filhos". O mais novo resolveu tomar a sua parte da herança e sair pelo mundo. Gastou seu dinheiro com mulheres, bebedeiras e terminou sem um centavo. Em terra distante mendigou trabalho e desejou até mesmo comer a lavagem de uns porcos que pastoreava. Arrependido de suas ações, resolveu voltar para a casa do pai e pedir perdão pela sua inconsequência. Ao vê-lo de longe, o pai saiu de encontro e se lançou sobre o seu pescoço e beijou-o. Mandou matar um bezerro para comemorar o retorno daquele filho. O outro filho, que havia permanecido com o pai, ficou indignado porque estando todo o tempo com o pai, nenhum animal havia sido oferecido para que pudesse fazer um churrasco com seus amigos. O pai lhe repreende dizendo que tudo o que ele tinha estava sempre à disposição dele também. Mas que era importante comemorar o retorno do seu irmão, porque, pela incerteza do que poderia ter acontecido, alguém que poderia estar morto se fazia presente e arrependido de seus atos.

O que me fascina ao ler a Bíblia é que temos total aplicação de seus ensinamentos às nossas vidas. Esta parábola, então, fala muito ao meu coração. Pois, além de conhecer alguns filhos pródigos e desejar que corram imediatamente aos braços do Pai, eu posso dizer que também já fui um fillho assim, como o da parábola de Jesus.

Quantas vezes não desejamos estar fazendo aquilo que nosso coração deseja? Quantas vezes estamos mais inclinados ao que as pessoas estão dizendo do que a voz de Deus sussurrando em nossos ouvidos? É prazeroso dar razão à carne, mas muito mais prazeroso é se deleitar à unção do Espírito Santo. O filho acima, tomando sua parte, foi a busca de uma felicidade ilusória e finita. O mesmo não havia percebido a felicidade eterna e incessante que havia em seu lar, independente das condições, se rico ou pobre, o amor de seu pai era infinitamente maior do que o mundo, além daquelas porteiras, poderia oferecer. Pois, o amor de seu pai era incodicional.

O mesmo podemos dizer de nós em relação a Deus. O Senhor não nos tem amarrados com uma corda no pé para nos impedir de irmos onde desejamos. Ele nos dá total liberdade para que estejamos aos pés da Cruz ou longe deste lugar. Contudo, a Sua vontade é que estejamos ali, mas se estivermos desejando estar ali.

É certo que algumas vezes, sejam por decisões radicais, ou mesmo por pequenos atos, nos tornamos filhos pródigos. Avançamos a porteira, avançamos o sinal vermelho do nosso relacionamento com Deus. Tantas e tantas vezes nos iludimos com a felicidade transitória e finita. Tenho experimentado que curtir as alegrias de Deus é beber o melhor vinho e comer o melhor pão. Tenho anseios como qualquer outra pessoa, mas tenho buscado viver não o meu melhor, e sim o melhor de Deus. Já bebi vinho ruim e comi pão mofado, e isto me causou tamanha indigestão. Desejei pão e vinho novo, e ao retornar para Casa encontrei novo pão e novo vinho e, ainda, as portas abertas. Braços abertos que se lançaram ao meu pescoço e beijos de amor. Deus me mostrou o seu amor incessante e incondicional através de pessoas íntimas e verdadeiras.

Como está o seu coração hoje? Indeciso sobre uma questão fundamental em sua vida? Algo que determina sua felicidade? Tenha a Bíblia como balança justa. Se o que você vive está honrando e glorificando a Deus, firme-se nisto. Mas, se os eventos da sua vida hoje estão te afastando cada vez mais de Deus, não deseje mais a comida dada aos porcos e volte para Casa, lance-se aos braços do Pai, pois as portas nunca fecham. Não pense que não existe mais volta, sempre existirá. Nunca é tarde, não!


"Era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado." (Lucas 15:32).


Nunca é tarde, não!
Sai da escuridão
Há novo dia, nova manhã
A mesma casa tem portas abertas
Pessoas certas, amigos e irmãos

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Um tempo para cada tempo.

Não era necessário dizer mais nada além das palavras do sábio Salomão no primeiro verso do capítulo 3 do livro de Eclesiastes. Mas ele se faz detalhista e enumera diversas situações da vida em nosso cotidiano.

clip_image002Certamente você já ouviu o velho jargão, “não era o tempo certo”. Sinceramente, tenho que dizer que algumas vezes ouvir isto é irritante. Paremos para pensar. De fato irrita, pois em nosso pensar acreditamos que merecemos algo por demais deseja-lo. Seja um carro, um novo notebook, uma viagem, uma nova tv, uma nova casa, filhos, enfim, de pequenas a grandes coisas. Mas, de fato, como relaciona Salomão, “há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.

Tenho experimentado, principalmente este ano, aguardar o tempo certo para alguns eventos. Um deles acabou sendo uma grande conquista para minha carreira profissional. Hoje gerencio uma empresa onde, a cada dia, enfrento desafios significativos no lidar com liderança, tomada de decisões rápidas e que tragam lucro para a organização, bem como não deixando com que cada dia seja uma rotina para todos e, principalmente, que a motivação da equipe sempre esteja a favor do bom desenvolvimento. Em relação à minha carreira eu anseio alguns degraus acima, mas preciso ter a ciência de que haverá anos em que precisarei amadurecer para chegar ao nível desejado. Hoje é tempo de plantar as ações para que no tempo determinado por Deus eu possa colher os frutos, bons frutos.

Quanto à vida familiar, um dos grandes anseios é o desejo de ser pai. Olho cada pequenino que passa correndo, ou mesmo na tv, ou na rua, e fico imaginando como será o dia em que graciosamente teremos os nossos filhos nos braços. Em meio a esta ansiedade, tenho buscado viver cada dia no entendimento de que ainda não é o tempo certo para termos em nossos braços as nossas bênçãos, nossos filhos. Alguns momentos isto causa dor, em outros me conforta em saber que “tudo fez Deus formoso no seu devido tempo” (Ec 3:11).

Do mesmo modo em que agimos de acordo com os preceitos de Deus para colhermos os bons frutos, se agirmos de modo diferente, colheremos maus frutos. Por isso é importante refletir constantemente na maneira como agimos em relação aos eventos que nos ocorrem. É preciso entender o tempo certo para cada resultado desejado. Às vezes podemos achar que a vida é injusta por coisas darem erradas, mas, também, neste momento é precisar refletir se tais coisas não refletem resultados de ações não pensadas.

As sábias palavras de Salomão nos fazem ler e entender que é preciso viver o tempo para cada coisa, baseando-se de que “nada há melhor para o homem do que regozijar-se e levar vida regalada, e também que é dom de Deus que possa o homem comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho”. Ou seja, embora não entendamos a totalidade do plano de Deus, nada há melhor do que decidir fazer o bem, desfrutando das dádivas de Deus na vida e tême-Lo.

A perspectiva tem que ser para o futuro, uma visão da eternidade de Deus. Não podemos descobrir as entrelinhas de coisas positivas nem negativas. Mas, quando descansamos em Deus e nEle buscamos conforto, saberemos que nossa confiança não é em vão. O fato de não sabermos alguns detalhes de certos eventos é explicado por Salomão nestas palavras, do verso 11, “...também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até o fim”.

De eternidade a eternidade, Deus ordenou um ciclo contínuo para os acontecimentos da vida. “O que é já foi, e o que há de ser também já foi. Deus fará renovar-se o que se passou” (Ec 3:15).

domingo, 24 de agosto de 2008

Passar por cima

"Então tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e passai-o na verga da porta, e em ambas as ombreiras, do sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até à manhã. Porque o SENHOR passará para ferir aos egípcios, porém quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o SENHOR passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas, para vos ferir." (Êxodo 12:22-23).

É muito comum em ano de Copa do Mundo vermos as nossas ruas enfeitadas. São bandeirinhas verdes e amarelas, chãos pintados com a logo do campeonato e com a bandeira do Brasil, camisas da seleção estendidas pelas lojas e varais na ruas, caras pintadas, crianças empolgadas jogando bola na rua. Afinal é ritmo de Copa e como todo evento o Brasil é sempre o favorito. É uma euforia por todo o país, praticamente o Brasil pára. A Copa começa e a expectativa de sermos o campeão, mais uma vez, é enorme. Haja coração! Mas, nem sempre é assim. Como foi aquela Copa da França, lembra? Pois é, toda a euforia, os enfeites, ter grandes jogadores, nem mesmo ser o favorito do campeonato garantiu que a taça fosse nossa.

Fazendo a leitura do Livro de Êxodo, que trata a saída do povo judeu como escravos do Egito para o domínio da Canaã, podemos observar algo semelhante a introdução deste devocional. A diferença está no objetivo das histórias. Pois, os judeus há muitos anos viviam na expectativa de habitar numa terra prometida ao pai da nação, Abraão. Moisés era o líder nesse processo da saída do Egito para a Canaã. E, nesse trecho que extraí os versículos podemos ler as dez pragas lançadas sobre o povo egípcio, e especificamente nos versos 22 e 23 do capítulo doze, vemos Deus tratando da morte dos primogênitos. A ordem de Deus fora de que os judeus fizessem uma marca com o sangue do cordeiro que fora sacrificado para aquele evento. Aqui, nos deparamos com dois fatos de grande importância no texto: 1) a instituição da Páscoa; 2) o sangue do cordeiro.

Em primeiro lugar gostaria de retratar da Páscoa, que significa passar por cima. Vemos aqui a primeira celebração da festa que ainda hoje é comemorada anualmente pelos judeus, sendo a festa mais importante para o povo, e também pelos cristãos. Deve-se notar a diferença que existem entre tais religiões, uma vez que para os judeus a Páscoa é uma festa em celebração da libertação da escravidão do Egito, enquanto que para, nós, cristãos é a celebração da morte e ressurreição de Cristo, que é a nossa Páscoa (passagem). O animal sacrificado para esta festa judaica era um cordeiro ou cabrito, que segundo as orientações divinas deveria ser um animal sem defeito e macho de um ano. O cordeiro deveria sacrificado entre o pôr-do-sol e a noite, e consumido na noite determinada por Deus juntamente com pães asmos (sem fermento) e ervas amargas.

Em segundo, o sangue do cordeiro. Toda a casa que tivesse aquela marca, dali não morreria o primogênito. Nem dos filhos, nem dos animais. Deus havia determinado a noite em que os egípcios lamentariam a morte dos seus primogênitos. Toda o povo judeu fora avisado quanto a este evento, pois eles deveriam ter o cordeiro já sacrificado e marcadas as suas portas. Havia uma expectativa grande, pois aquela noite o Destruidor passaria por cima de todo o Egito, e a casa que não tivesse aquela marca seria lugar de lamentação. Os judeus fizeram como lhes ensinou Moisés e o Senhor os livrou. Os livrou da morte e da escravidão do Egito. Como relata o restante do livro do Êxodo, o povo judeu foi liberado por Faraó para irem adorar a Deus, todos os homens com suas família e animais. A garantia deles estava no sangue do cordeiro.

Semelhantemente hoje, nossa expectativa de habitar eternamente com Deus está diretamente ligada a este evento que ocorrera com os judeus, enquanto escravos no Egito. O que ocorrera ali fora uma ilustração do que aconteceu com Jesus na cruz. Junte os dois eventos e observe como Deus Pai relatou o sacrifício de Cristo na Cruz do Calvário. A Páscoa comemorada por nós cristãos é "passar por cima" de nós o sangue do cordeiro. A morte de Cristo é exatamente a libertação da escravidão do pecado para a liberdade de vida em Deus. Esta é a simplicidade da mensagem chamada Evangelho, ou Boas Novas. Quando temos por nós a marca do sangue do Cordeiro, o Espírito Santo, temos o selo de garantia de que nossas vidas pertencem a Deus. Não é necessário somar nossos atos de bondade, porque o Cordeiro sacrificado entre o pôr-do-sol e a noite há mais de dois mil anos atrás, foi o Cordeiro perfeito. O sacrifício perfeito para pagar um altíssimo preço que jamais seríamos capazes de pagar.

Jesus, o Cristo, tomou nosso lugar. Ele morreu a nossa morte, gerado pelo pecado, para que vivessemos a Sua vida. Basta, agora, recenhecermos nossa parte como homens, dispondo nossas vidas ao senhorio dEle, servindo-O em gratidão e se declarando cristãos.

"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie." (Efésios 2:8-9)

O sangue do Cordeiro é derramado por cima daquele que O confessa como Senhor e Salvador. Neste o Senhor vê a Sua marca e promove salvação.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

LSD: eu sou dependente

Não tenho vergonha em anunciar publicamente, mesmo sabendo dos riscos que corro dentro e fora da igreja, na minha família, entre meus amigos, no meu trabalho e perante a socidade que eu sou um dependente. LSD. Tudo começou em 1998, quando com 20 anos de idade eu buscava algo que me desse um prazer duradouro. Eu estava cansado de tentar, tentar e tentar. Não suportei algumas desilusões, até comigo mesmo. Entreguei-me totalmente em Louvar ao Senhor Deus, ou Louvado Seja Deus.

Há dez anos tenho dedicado a minha vida em obedecer aos mandamentos de Deus através da Bíblia. Dos últimos três para cá tenho me tornando mais íntimo a Deus, sempre buscando entender o real propósito de ser cristão, que em seu significado real, esta palavra cristão, significa "pequeno Cristo", assim nomeados os discípulos de Jesus (conforme Atos 11:16). Durante esta jornada ficou claramente entendível que ser cristão é muito diferente da teoria de algumas pessoas, que pensam que porque todo crente está sorrindo a vida é mais fácil. Engano, parece ser mais dura. Contudo, fica mais fácil lidar com as turbulências quando estava num voô seguro.

Ao princípio, ser cristão pareceria ser divertido. Era um estilo de vida diferente, as pessoas passavam a olhar diferente tentando entender o que um novo comportamento agregaria de especial. Mudança de comportamento para comigo mesmo, diria. E, para com a sociedade também. Bem, como o iniciar de um relacionamento com o Autor e Criador dos céus e da terra, podendo entender. Alguns pensam que ser cristão é para na vida pós-morte poder morar no Céu. Puro engano. Ser cristão, como dito pelo próprio Jesus em João 17:3, é para conhecer a Deus, resultando então na vida eterna. Portanto, ser cristão não é buscar favoritismo, mas ser discípulo de Jesus. Ser cristão não querer destaque na socidade, no meio político, nem querer ser melhor do que qualquer outra pessoa, mas servir as pessoas como Jesus serviu.

Não existe vida cristã só na igreja. O comportamento cristão deve ser único, constante e perseverante. Jesus não um tipo de pessoa em público e outro nos bastidores. Jesus era Cristo. Não havia tempo de dar exemplos e depois dizer "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço". Ao contrário ele disse "sejam minhas testemunhas". Em outras palavras Ele disse "faça o que eu digo, porque eu o faço". Se você não quer viver estas coisas, não diga ser cristão, ou melhor, discípulo de Cristo.

Para continuar a jornada é preciso ser dependente. Tem que estar disponível a todo tempo para LSD. Ser cristão sem dependência em Deus não é ser um cristão genuíno. Não basta parecer ter intimidade com Deus, tem que conhecê-Lo. Não somente saber o nome, mas onde verdadeiramente Ele está. Posso afirma e confirmar que tenho buscado ser dependente unicamente em Deus. Não fácil, pois às vezes que tenho solução para os meus problemas. Mas experimentar em Deus o dirigir do cotidiano é bem melhor.

Seja um cristão abençoado e abençoador.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Liberdade em Cristo

Minha esposa e eu somos, desde janeiro deste ano, membros da Igreja Refúgio da Graça, Natal/RN. Temos por certo que lá é o lugar que Deus nos reservou para sermos úteis em sua preciosa obra. Desde que conhecemos a comunidade, em julho de 2006, ficamos impactados com a notável presença de Deus naquele lugar. A maneira como o evangelho é tratado, bem como as pessoas são vistas. Independente da situação em que uma pessoa se encontra, ali, acreditamos que Deus a ama, sem limites.

Nas últimas duas semanas, e nas próximas quatro, temos sido desafios a jejuar. São quarenta dias. Durante este período, a cada dia, temos, também, o desafio de ler um capítulo do livro do Êxodo. Não somente ler, mas degustar da manifestação de Deus naquele registro. O jejum não é de comida, mas daquilo que tem tomado o lugar de Deus na vida de cada irmão. Tem sido um tempo bastante proveitoso, por demais. É tempo de cura em nossa igreja. Não desejamos a aparência de uma igreja doente, porque a noiva de Cristo é imaculada e saudável. E, ainda, entendido de que o pecado de um irmão é pecado da igreja toda, simplesmente porque somos corpo.

Tenho aprendido muito sobre a liberdade em Cristo através da leitura do livro do Êxodo. As "negociações" com Faraó tem sido para mim o comportamento do mundo que vivemos em meio a trocas de um relacionamento puro e santo com o Senhor. Seja na vida profissional ou pessoal, muitas vezes tentamos barganhar com Deus aquilo que nos interessa, não nos deixando viver uma vida dependente nEle. Por outro lado, também tenho visto quantas pessoas vivem escravizadas por patrões, maridos, esposas, filhos, pais, etc. Vivem aprisionados pelas promessas nunca cumpridas. A vida em Cristo nos dá liberdade. Primeiramente dói pecado, depois de situações que nos impeçam de ter uma vida de integridade com Deus.

O lema deste jejum tem sido tirar o Egito dentro de nós. Embora os judeus tenham sido libertos do Egito, ainda no deserto os judeus tinham dentro deles um Egito maldito que os impedia de ter uma vida íntegra com Deus. O mesmo acontece conosco, tendo ainda dentro de nós coisas que nos impedem de viver a liberdade em Cristo de modo tão pleno. Meu jejum tem sido de mim mesmo no sentido de me satisfazer completamente na obra restauradora de Cristo na Cruz do Calvário.

A cura vem quando vamos ao encontro dela através do Espírito Santo, por meio da fé.


 

terça-feira, 8 de julho de 2008

Eu vou seguir

Gosto muito de um hino entitulado "Mais perto quero estar". Certa vez ouvi, na voz experiente de um velho pastor, que é preciso ter a conciência da verdadeira expressão que este hino tem, pois a medida que desejamos estar mais próximos de Deus, consequentemente, passamos a viver lutas mais intensas. Pois, sabemos que o interesse de Satanás é fazer com que o homem esteja longe de Deus. Então, quanto mais perto desejamos estar, mais lutas existirão para fazer com que estejamos distantes Dele. Mas, se olharmos para as dificuldades não estaremos mirando o Senhor dos senhores, e sim para as circunstâncias. Nosso olhar, como de um empreendedor, deve estar focado em Deus, no futuro, no pleno gozo de viver a eternidade junto de Deus.

É importante entender que a caminhada em Deus exige de nós o passar por provas. Algumas leves, outras pesadas. Novamente digo que nossos olhares devem estar fitos não nas circunstâncias, mas com um coração repleto de fé, esperançoso nas boas novas de Deus. Quando alguém se aproxima de mim triste, deixando demonstrar o desgaste de um problema, eu sempre gosto de animar dizendo que as batalhas existentes para que se haja vencedores. Jesus só foi o Cristo porque houve a Cruz do Calvário. Sem a cruz não havria o Cristo. Como discípulos de Jesus precisamos entender que temos que carregar diariamente nossas cruzes. E, vale salientar, que carregar a cruz não é estar doente, viver cheio de problemas, mas o testemunhar uma vida de integridade com Deus e de esperança na Sua Palavra, viva e eficaz.

Quero compartilhar uma novidade. Ontém compartilhei algo sobre minha saúde, agora quero compartilhar sobre a saúde da minha esposa. Lembra que perdemos nosso filho? (Quando pisarei na minha Canaã?, http://msgdedeus.blogspot.com/2008/04/quando-pisarei-na-minha-cana.html). Hoje, ao receber o resultado de alguns exames solicitados pela endocrinologista, ela obteve a notícia de que a provável razão do aborto fora uma forte tendência para diabetes. É para ficar abalado, não? De modo algum. A questão é manter o foco não na circusntância, mas no Deus que temos e que está acima de todas as coisas. A Paz que está em nossos corações vem não do entendimento dos cuidados que devemos ter, nem mesmo na confiança que temos nos médicos que o Senhor tem nos dado, mas na Paz que vem de Deus, cuja excede qualquer entendimento. Não há motivos para tristezas, mas razões para louvar e engrandecer ao Senhor Jesus, autor e consumador da nossa fé.

O olhar em Jesus tem nos dados firmeza para prosseguir e passar pelas provas que surgem a nossa frente. Temos crescido como filhos de Deus, como irmãos em Cristo e como família.  O que nos resta é continuar seguindo e louvando, pois temos recebido a Paz que nos consola.

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." João 14:27

Não deixe de ouvir a canção abaixo. Ela completa o nosso sentimento em relação ao artigo acima.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Eu só posso imaginar

"E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles
e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir." Atos (1:10, 11)

Na maioria das vezes, ao ler este trecho, gosto de fechar meus olhos e me transportar para aquele tempo. Tento imaginar como deve ter sido a experiência de ver Jesus, em sua glória, subindo  ao céu. Talvez corações que viam o Mestre partindo, sem saber quando voltaria. A promessa da Sua volta talvez fosse o conforte para que os discípulos se aquietassem. Na verdade, é tudo suposição minha, pois eu só posso imaginar.

Voltando para os dias que vivo, com as tarefas diárias, muitas vezes me esqueço de parar e fitar meus olhos para os céus para proclamar a grandeza do Senhor Jesus e desejar este tão esperado dia chegar. É a correria profissional, são os compromissos particulares, são os eventos sociais, entre outras ocupações que muitas vezes me roubam o momento esplêndido de ter meus olhos fitos ao céu e pelo menos imaginar a tão desejada volta do meu Mestre.

Estas duas últimas semanas tenho, forçosamente, descansado nos finais de semana. Minha saúde requereu um pouco da minha atenção e tive que me desligar do mundo, do computador, do telefone. Foi um tempo de meditação, de ponderação, de rever algumas coisas que precisam ser feitas com mais dedicação e mais carinho. Principalmente as coisas do lar. Ao mesmo tempo que estive deitado em minha cama ou, como gosto, jogado no sofá, pude pensar e repensar o que Deus tem tentado me ensinar em momentos como este. Na última sexta-feira dei um susto a todos, inclusive a mim mesmo. Eu acabara de chegar do trabalho e jantava, enquanto conversava com minha esposa. De repente uma forte dor no peito me impediu de continuar a jantar, e comecei a ter dificuldades em respirar e falar. Deite-me na cama por alguns momentos. Minutos depois nada mudou, e tive que sair às pressas para o hospital. Depois de consultado, hipoteses de que seria o coração foram descartadas. Glória a Deus! Enquanto estava no soro, via minha esposa ao meu lado dispondo do seu amor e suporte. Meus pensamentos rodavam a mil. Pensava no que poderia ser, pensava na família, no meu velho pai, nos amigos e pensava de como seria estar do outro lado. Eu só imaginava, pois sabia que ainda não havia chegado minha hora. Mas aproveitei o momento para rever algumas coisas. Como foi bom. Até o momento não sei o que foi aquela dor. Mas, a verdade é que não corro risco de vida. Nem coração, nem pulmão.

Eu gosto de experiências que me façam imaginar como será esse momento tão glorioso, quando me depararei frente a frente com o Senhor Jesus. Não posso saber exatamente o que farei, penso que, ao menos, o adorarei. Talvez eu chore, talvez cante, talvez dance. Não sei. Eu só posso imaginar. Não sei se ainda estarei por aqui para fitar meus olhos e vê-Lo nas nuvens e ir-me de encontro, ou se poderei de uma outra perspectiva verei toda a igreja se reunindo para a grande festa no céu. A única coisa certa e que estarei na eternidade com Ele, e ali poderei aproveitar cada momento em Sua presença.

Neste tão glorioso dia poderei rever amigos e ter surpresas em encontrar pessoas que talvez eu jamais pensaria encontrar. Eu só posso imaginar. Enquanto aqui, não quero somente imaginar, mas me satisfazer na vontade do Pai revelada por meio da Sua Palavra. Tenho recebido muito mais do que mereço, graças a Sua infinita e maravilhosa graça.

 

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Na prática

Algumas questões comportamentais na vida cristã nos exigem muito mais do que estar fazendo uma oração, porque envolve não somente a ação de Deus, mas a nossa ação como parte. Certas vezes estamos pedindo ao Pai que nos ajude com a paciência, com o amor, com a longanimidade, com a perseverança e até mesmo com o perdão. Contudo, não que tais pedidos sejam errados, convém que sejam pedidos de maneira mais objetiva e de forma prática. Como por exemplo, ensinar a exercitar cada componente do fruto do Espírito Santo e identificando os momentos apropriados.

Algumas já orei pedindo a Deus paciência. Alguns até dizem que propositalmente os problemas vêm nesta situação. Mas, acredito que a maneira correta de pedir em oração não é por paciência, mas para que Deus nos oriente a exercitar a paciência nos momentos bem adequados. E quando se fala de perdão?

O perdão é algo sublime, comentado até em outro artigo já publicado aqui. O perdão, acredito, é algo a ser trabalhado no cotidiano, principalmente em questões nas quais nos sentimos profundamente prejudicados. Para nós, perdoar é um processo, não é algo que se faz da noite para o dia. Pois, envolve sentimento e comportamento. Como canta o poeta Sérgio Lopes, "perdoar é mais que estender a mão e dizer eu te perdoo meu irmão."

Quantas vezes nos sentimentos feridos por outros e até mesmo injustiçados? Coloco-me diante desta situação, de modo que já me neguei a querer perdoar alguém muito próximo,sangue do meu sangue. Humanamente falando, eu tinha todas as razões para considerar aquela pessoa "morta". Mas, o desejo de Deus para minha vida não era esta postura.

A prática do pedir perdão e, também, de perdoar é o reconhecimento do perdão dado por Deus através de Jesus Cristo a nós. A medida que tenho a prática do perdão, me exercito dia-a-dia para perdoar alguém (lembrando que é um processo contínuo), e estou inclinado ao reconhecimento do grande amor de Deus por mim, que me perdoou mesmo sendo eu não merecedor da Sua infinda graça.

Há alguma questão em seu coração que precisa ser tratada através do perdão? Pedindo ou dando? Trate imediatamente com Deus, porque Ele é fiel e justo para nos pedoar e nos purificar de toda a injustiça.

 

O perdoar é a manifestação

da presença de Deus em nós.

 

segunda-feira, 28 de abril de 2008

A página branca da Bíblia

Como estudioso da Bílbia, sou mais aplicado ao estudo dos livros do Novo Testamento que dos livros do Velho. Entendo que ali estão as aplicações práticas para minha vida, embora eu aprenda muito com as experiências de vida obtidas no Velho Testamento. Contudo, fico admirado com o livro que está entre Malaquias e Mateus.

Talvez você esteja achando que me tornei um apostata ou um autor apócrifo, simplesmente porque não há um livro se quer entres esses que citei acima. Meu amado, minha amada, há. E como há. Há tantas coisas implicítas escritas neste livro que não podemos nos dar conta da riqueza que ele tem para nossas vidas. O fato de, geralmente, se ter uma página em branco não significa que nada exista ali. Conhecemos esta página como período intertestamentário. Período esse que transita da Lei para a Graça. Período que antecede a vinda do Senhor Jesus. Período tal que Deus se calou. Que não houve fumaça no tabernáculo. Embora, não houvessem sinais, o silêncio de Deus preparava um cenáculo para a vinda do Messias. Quantas orações foram feitas? Quantos sacrifícios oferecidos? Quantas lástimas dos filhos de Deus a respeito do julgo recebido de outras nações? Quantos "por quês" sem resposta? Assim como no livro de Ester, não podemos ver o nome Deus escrito, mas podemos observar que fora notável a Sua ação em preparação do caminho do Senhor Jesus.

Atualmente, em nossas vidas, nos pegamos em questionamentos, em dúvidas, em situações adversas, nos pegamos em questionamentos de que se Deus está realmente nos observando ou ao menos um pouco interessado em nossas vidas. Inclua-me nisto.

A boa notícia é que Deus está a todo tempo nos resguardando. Ele tem cuidado de nós. É uma verdade absoluta de que Deus cuida de nós enquanto dormimos. Por isso, não devem existir razões para desesperos, mas a esperança para nossos desencontros e silêncios. A boa nova para Israel foi o nascimento de Jesus, que recebido nos braços de Simeão fora apresentado no Templo. O silêncio de Deus aos homens fora quebrado pelo choro de uma criança. Portanto, não tema se todos paracem não escutar sua voz, seu clamor. Não se entristeça se portas tem se fechado, nem sinais de chuva tem aparecido no céu. Uma verdade é certa, Deus tem lemrado de você. Deus tem cuidado de nós mesmo parecendo que nossos "por quês" ainda não foram respondidos. Deus não tem deixado de olhar para nós, nem desviado seus ouvidos do nosso clamor.

"O homem não pode receber cousa alguma se do céu não lhe for dada." João 3:27

terça-feira, 22 de abril de 2008

Quando pisarei na minha Canaã?

minha-canaa No último devocional compartilhado com todos, falei sobre a maior lição que podemos extrair dos desertos que atravessamos, que é a dependência em Deus. Neste último sábado, 19/04, estive na apresentação do Grupo Logos aqui em Natal, cujo evento foi tremendamente abençoador. Ao final eu conversava com uma irmã querida da nossa família e que compartilhava do sofrimento e esforço empenhado no cuidar da mãe que tem alzheimer. Neste instante eu falei que ela atravessa um deserto. Ela afirmou que está sendo muito difícil e, naquele instante, eu a confortei dizendo que depois de um deserto sempre tem uma Canaã. Como aquilo foi animador, pois puder ver em seu rosto um sorriso se abrir.

Hoje, minha esposa e eu fomos ao médico para fazermos a terceira ultra, deste modo acompanhando o desenvolvimento da gravidez nossa de 9 semanas. Vinhamos de dias de muita expectativa, pois ela estava de licença do trabalho e em repouso absoluto pelos últimos 20 dias, contribuindo para o bom desenvolvimento do nosso filho. Estávamos com uma expectativa de ver nosso bebê se mexendo, mas a notícia não fora esta. Não haviam batimentos. Não havia vida. Parecia que todo o esforço fora em vão. Parecia que toda a dedicação e carinho fornecidos ao feto foram em vão. Parecia que todo o diálogo que estabelicíamos com ele fora em vão. Ficamos calados, sem falar qualquer coisa, nem mesmo derramar uma única lágrima. Ficamos sem saber o que fazer. Se chorar, se orar, se louvar. Na primeira hora da notícia não podíamos definir o que realmente estávamos pensando, pois um turbilhão de coisas passavam em nossa mente. Apenas ficamos calados, desejando viver este momento somente nosso.

Da última vez que isto ocorreu, em 2007, eu fiquei revoltado com Deus. Questionava-O o porque deixar tudo isto acontecer se Ele saberia onde tudo iria acabar. Desta vez resolvi fazer diferente e interpretar que é apenas mais uma circunstância da vida onde sou chamado a atravessar o meu deserto, momento em que sou chamdo a viver na dependência de Deus. E é de forma tão didática que Salmão ao escrever o Salmo 127 nos ensina que a vida deve ser vivida na dependência do Senhor.

 "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

Inútil nos será levantar de madrugada, repousara tarde, comer o pão que penosamente granjeaste; aos seus amados ele o dá enquanto dormem."

Nestes dois primeiros versos o salmista no ensina de que qualquer evento que realizemos deve ser fundamento no Senhor. NEle, nossos projetos são firmados para que possamos construir de forma sólida, concreta. Qualquer esforço sem Deus é em vão. Seja vigiar, seja edificar, seja falar, seja dormir.

Uma coisa temos por certo. O bom desenvolvimento do nosso filho não estava na fé das mãos profissionais, mas nas mãos do Autor da Vida. Logicamente nos subtemos à experiência e inteligência da pessoa que Deus no deu como médico. Mas a convicção de que tudo caminhara de modo abençoador estava depositada nas mãos de Deus, porque sabíamos que qualquer eventualidade que ocorresse, estavaríamos sendo sustentados.

Mas o salmista continua:

"Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão.

Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade.

Feliz o homem que enche deles a sua aljava: não será envergonhado, quando pleitear com os inimigos à porta."

Me sinto como um judeu que tem a promessa de pisar numa terra que mana leite e mel. Que houve de Deus constantemente estas palavras: que há um lugar, que há uma terra preparada, uma terra que mana leite e mel, que há uma herança maravilhosa. Me vejo como um judeu no deserto esperando sua Canaã.

Creio que filhos são bençãos. Eu fui um filho à minha mãe e sou um filho ao meu pai. Sei da participação e contribuição que tive e tenho a cada um deles. E assim desejo dos meus filhos, pode contribuir como pai e colher o fruto que vem deles. Quero que meu pai conheça a próxima geração após a mim. Mas, pela segunda vez, não consigo pisar nesta Canaã e ver manar tal leite e tal mel. Continuarei esperando, no Senhor, continuarei. Porque sei que nEle a minha espera não será em vão e no Seu tempo pisarei na terra que mana leite e mel, e ali me regozijarei com meus filhos nos braços, erguidos ao céu em honra e louvor a Deus, como sacrifícios vivos  ao Autor da Vida.

Amanhã, 23/04, estaremos bem cedo no hospital para os procedimentos do aborto. Não haverá mais expectativas de ter nos braços o nosso filho ainda neste natal e ano novo, mas há e sempre haverá o único Deus segurando em nossas mãos, sustentando-nos e confortando-nos na dor física e emocional. Porque se passamos por isto, é porque Ele sabe que nossas forças podem suportar.

 

Situações que nos fazem crescer são aquelas que, algumas vezes,  nos fazem chorar e buscar dependência em Deus.

 

Situações
(Grupo Logos)

Situações nesta vida me fazem sentir
Que não sou forte a ponto de até resistir
Neste terríveis momentos os maus pensamentos me querem levar
A um extremo de vida que meu equílibrio se deixa enganar

Instantes que se prolongam entando mudar
Tudo o que já se fez novo, pois Cristo mudou
Tentando hoje trazer o que eu tento esquecer
Sou vencedor e ninguém poderá me deter

Pois eu sei que jamais eu provado serei
Além do que eu possa suportar
E se ainda eu cair e pensar que é o fim
Jesus me ergue e segue junto a mim

terça-feira, 8 de abril de 2008

Pasto verde no deserto

Deserto

Tudo depende de você. Depende para onde você está indo. Depende dos seus propósitos. Depende da sua visão. Depende do lugar que Deus tem ocupado na sua vida.

Deus tem o maior interesse em ser o Senhor das nossas vidas, mas cabe a nós decidir se Ele assim será.

Durante a época da comemoração da Páscoa, neste 2008, estar no deserto foi um tema que perambulou minha mente por muitos dias. Li algumas passagens sobre pessoas que viveram no deserto ou que por ali estiveram mesmo que por apenas alguns dias. E eu sempre me perguntava o que Deus tinha a ensinar para cada uma daquelas pessoas. Mirei meus olhos para Agar e Ismael quando partiram das terras de Abraão. Mirei para a vida de Moisés quando fugido do Egito fora abrigado por Jetro no deserto, vivendo ali 40 anos até retornar ao Egito para a libertação do seu povo. Mirei para Davi quando fugindo de Saul se escondera no deserto. Cheguei em João. Deparei-me com a quarenta de Jesus no deserto, onde a Bíblia não traça muitos relatos, mas mostra a conclusão de tal provação e revelação a respeito do Seu ministério.

Qual o seu deserto? Que dificuldades tem sido lastimantes para que você pense estar sozinho em meio à multidão? Qual o seu deserto?

Ora estamos num pasto verdejante, sentindo no cair da noite um orvalho refrescante. Ora estamos em meio ao calor sufocante de um deserto que parece não ter fim. Há diferença entre tais cenários? Tudo depende de você. Depende para onde você está indo. Depende dos seus propósitos. Depende da sua visão. Depende do lugar que Deus tem ocupado na sua vida.

Qualquer caminho é caminho quando Deus não faz parte dos nossos planos, quando decidimos por nós mesmos traçar o rumo das nossas vidas. Mas, quando colocamos nossas vidas nas mãos de Deus, creia, haverá um pasto verdejante no deserto mais caloroso em que você estiver. Ao sair do Egito, para Israel durante o dia Deus era sombra, durante a noite Deus era luz. Refúgio e direção. Sejam quais forem os personagens que você leia, Deus tinha um propósito na vida de cada um daqueles que atravessaram qualquer deserto. Qual o seu deserto? Não importa, Deus tem algo a te mostrar. Dentre todas as lições que você possa tirar, a maior é a dependência nEle. Aqueles que não dependeram de Deus na atravessia do deserto para a chegada na terra que manava leite e mel, nem chegaram a entrar na Canaã. Deus tem uma Canaã para cada um de nós. Se vamos chegar? Tudo depende de nós. Depende para onde nós estamos indo. Depende dos nossos propósitos. Depende da nossa visão. Depende do lugar que Deus tem ocupado nas nossas vidas.

Já estive em pastos verdejantes, já estive em desertos. Sempre haverão pastos, sempre haverão desertos. Aleluia! Sempre, sempre haverá Deus!

"O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.

Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas.

Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.

pastoCertamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias." (Salmo23)

domingo, 9 de março de 2008

Ignorância perdoada

“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”

Lucas 23:34

paixaodecristo_cena Ignorância ou falta de fé? Desobediência ou falta de visão? Qual dessas perguntas pode descrever melhor a atitude na crucificação de Jesus? A verdade é que o mais importante não é a pergunta, mas a resposta que Jesus nos dá a esta questão, “Pai, perdoa-lhes”.

Seja pela a falta de conhecimento ou amor, ou falta de fé na mensagem que Cristo pregara, Ele teve um sentimento de perdão momentos antes de Sua morte. Cansado, maltratado, sangrando, chorando de dor, Ele perdoou. Jesus pediu a Deus que perdoasse aquelas pessoas porque elas não sabiam o que estavam fazendo. Elas poderiam estar pensando estar crucificando um simples homem, um revolucionário, um herege ou um maluco que se intitulava o próprio Javé. Quando na verdade estavam crucificando o Messias, o Enviado de Deus. A verdade é que poucos sabiam, e estes nada faziam, senão chorar e assistir aos pés da cruz a morte de um filho, de um primo, de um amigo. De um homem que sabia perdoar, até mesmo recebendo açoites no instante da sua morte. Jesus sabia que a ignorância daquelas pessoas escondia uma verdade revelada outrora pelos profetas. Mas era preciso aquele momento, o da Sua morte.

Perdão. Sentimento ou ação? Acredito que assim como o amor, perdão é uma atitude. Muitas vezes somos incapazes de perdoar um ato de teimosia, rebeldia, preconceito, porque estamos olhando para nós mesmos. Se erguêssemos nossos olhares para aquela Cruz, poderíamos ver que muitas das coisas que nos acontecem são pequenas. Mas um sentimento egocêntrico nos impede de experimentar a suavidade do perdoar. Colocar uma pedra sobre a questão, como geralmente dizemos. É claro que em nossa mente não poderemos apagar os momentos difíceis vividos, mas poderemos quando pensá-los sentir um alívio no peito por saber que tivemos uma atitude de perdão. Porque de alguma forma, alguém na sua ignorância nos feriu. Na ignorância de não prever que um ato nos faria mal, de que uma amizade seria prejudicada, de que alguém ficaria doente, ou até mesmo morreria. Alguém que fere ou alguém que é ferido, alguém que muitas vezes sou eu. Que magoa, que machuco, que faço chorar, que falo sem pensar. Que sou ferido, maltratado, que choro. Alguém que precisa constantemente de perdão, e que também precisa constantemente perdoar. Perdoar é nobre, é gentil, é educado, é sentir amor, é reconhecer que alguém age sem saber o que está fazendo, é reconhecer o perdão de Deus a si mesmo. Assim como fez Jesus. Que ressuscitado voltou a ter com seus seguidores perdoando a incredulidade, a negação, a falta de amor para com outros, perdoando a ignorância sobre a verdade outrora revelada pelo próprio Cristo, perdoando a falta de fé.

Quem hoje precisa ouvir dos nossos lábios que perdoamos suas forgivenofensas? A quem devemos pedir perdão? Porque em nossas orações clamamos a Deus que nos perdoe nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tem ofendido. O apóstolo João em sua primeira carta, cap. 1 verso 9, diz que se confessarmos nossos pecados, Deus é justo para nos perdoar e ainda nos purificar de toda injustiça. Embora não temos a capacidade de purificar, ainda sim podemos perdoar. Inicie sua oração pedindo perdão.

Saber perdoar é experimentar a excelência do amor e sentir no peito um alívio eterno.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

A decepção da Cruz

LUG026 Durante a leitura dos evangelhos, quando do chamado dos doze discípulos, tentei me reportar para este tempo. Imaginei-me observando Jesus chamando cada homem que faria parte do seu ministério. Jesus caminhava à beira-mar da Galiléia e vendo Pedro e André os chama para serem "pescadores de homens".  Mais adiante viu outros dois homens chamados Tiago e João e estes ao serem convocados, deixaram imediatamente suas vocações para estar ao lado de Jesus. As Suas palavras revelam poder, "O tempo é chegado", "O Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e creiam nas boas novas!" (Mateus 4:18-22; Marcos 1:14-20).

Logo, avançando as páginas da Bíblia, podemos ler que Jesus terminara de escolher os outros apóstolos como lhe aprouve (Marcos 3:13-18; Lucas 6:12-16). Antes desta decisão Jesus havia dispensado o seu tempo em oração.

Era notório o rebuliço que Jesus de Nazaré fazia na sociedade judaica no início de suas atividades como o Anjo da Aliança (Malaquias 3:1). Muitos seguiam o Mestre porque era homem sábio, cheio de autoridade e poder. Israel estava maltratada. Tal nação estava sob o governo romano e não tinha a liberdade plena em governar o seu povo com em tempos anteriores. Israel tinha somente a sua liderança religiosa. Cuja estava corrompida pelo legalismo e moralismo, cheia de autoritarismo e carente de amor. Por essa razão Jesus ganhou crédito entre as pessoas, pois Ele falava com amor, embora alguns momentos podemos observar que Ele era duro com alguns, principalmente com doutores da Lei. Jesus levava alívio aos oprimidos pela legalidade, tanto de judeus como de romanos. Acredito que Israel via em Jesus a esperança de libertação do fardo romano. Jesus se tornará "pop".

Os dias e meses foram passando e cada vez mais Jesus ganhava carisma pela população e ódio por parte dos religiosos. Questionamentos como "com que autoridade estás fazendo estas coisas?" ou pensamentos de que Ele ficara louco contrastavam com afirmações como "Tu és o Cristo". Enquanto alguns rangiam os dentes de ódio quando Jesus declarava ser EU SOU, outros se entregavam aos pés dEle após a cura ou libertação de demônios. Jesus compreendia perfeitamente onde tudo chegaria.

Três anos se passaram e grande multidão seguia o mestre para louvá-lo, enquanto que os mestres da lei e os chefes dos sacerdotes procuravam matá-lo. Jesus algumas vezes esteve perto de ser preso, mas ainda não havia chegada a sua hora.

Certa vez, falando sobre o sinal do fim dos tempos (Marcos 13:1-36), Pedro, Tiago, João e André questionam Jesus sobre quando tais coisas aconteceriam. E transpondo-me novamente para aquele momento em que Cristo estava sentado  no Monte das Oliveiras, de frente para o templo, posso ver a expectativa dos quatro com os olhos arregalados esperando uma resposta como "em breve atacaremos. Só precisamos treinar os nossos seguidores". Creio eu ter sido esta a expectativa de muitos que o seguiam, de ver em Jesus de Nazaré o libertador de Israel. Mas Jesus respondeu que o dia e a hora eram desconhecidos.

Chegara o tempo. Não da libertação da nação, mas da Cruz de Cristo. Jesus ceia com os apóstolos, dá as intruções do que Lhe acontecerá, mas os seus corações estão fixados na figura de um Cristo que ainda não se cumpria. Ele viera para "buscar e salvar" a espiritualidade das nações e não livrar Israel do governo romano. Quantas vezes aqueles homens escolhidos pelo Messias discutiam quem seria prioridade no governo de Jesus? Talvez Pedro quisesse ser o general do exército israelense ao desembanhar a espada e cortar a orelha do soldado romano quando na prisão de Cristo. Onde estavam todos quando Jesus estava sendo açoitado? Podemos ler a passagem que fala de Pedro negando a Jesus, mas não vemos mais detalhes sobre ele mesmo nem os demais.

Jesus está na cruz pregado entre dois ladrões. Durante o tempo que ficou crucificado Jesus fora zombado. "Você não é o Cristo? Salve-se a si mesmo e a nós?" (Lucas 23:39). Ali ao O obervarem estavam alguns familiares e amigos. Mas onde estavam aqueles que "diziam" morrer com ele? A esperança de libertação da nação estava pregada numa cruz. Que decepção! Não a de Jesus, mas as do que pensavam desta forma, de Jesus o Restaurador, e não o viam como Jesus o Redentor. Poucos puderam ter naquele instante um olhar além da cruz. "Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença?" disse um dos ladrões. Penso que seria notável nos olhos dos apóstolos um olhar de frustação. "Poxa vida, passamos todo este tempo e nada".

E voltaram às suas atividades que exerciam antes de serem escolhidos pelo Mestre até que este, ressuscitado, fora de encontro aos "decepcionados" (João 21:1-25) e partilha do pão com os que estavam à beira do mar de Tiberíades.

Em suas instruções, antes de sua ascensão, Jesus pronuncia que todos deveriam permanecer em Jerusálem até que fossem batizados pelo Espírito Santo. E ainda, com o olhar no Messias Restaurador, os que ali estavam perguntam se seria neste tempo que o reino seria restaurado. E Jesus responde: não lhes compete saber os tempos ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade. Havia ainda uma preocupação sobre tal assunto, mas os pensamentos mudariam em breve como se pode ver na continuidade da leitura de Atos dos Apóstolos.

E hoje, que Jesus você procura? Aquele capaz de transformar a sua vida numa nova do ponto de vista espiritual? Ou um Jesus Pop Star cantado nas canções nada espirituais e pregado nas pregações motivacionais? Um Jesus que quer te dar uma vida financeira abundante ou o Jesus que tem uma vida espiritual em abundância? É preciso olhar além da Cruz para entender o verdadeiro propósito de ser cristão.

A decepção da cruz para uns é esperança de nova vida para outros.

 

domingo, 17 de fevereiro de 2008

O que fazer na angústia?

Alguns dias atrás vivi momentos em que me deparei com a angústia querendo tomar meu coração. São situações que estão distantes do meu poder de dicisão. São dúvidas, fraquezas e sonhos ainda não realizados. Até mesmo projetos em desenvolvimento, e alguns que ainda estão no mundo das idéias da minha mente. E, ainda, preocupação com entes familiares e amigos. Nestes dias, olhei para o alto e perguntei a Deus o que fazer na angústia?

Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, bem como o de João, contam diversos momentos em que Jesus viveu angustiado. Fora com a situação espiritual de Israel, fora com os doentes de alma e os de corpo. Mas nenhum momento fora tão angustiante quanto os minutos antes de sua prisão em caminho à Cruz do Calvário.

Mateus, Marcos e Lucas contam praticamente a mesma história. De pontos de vistas diferentes, mas o contexto da mesma forma, praticamente com as mesmas palavras. O Evangelho de João não conta um relato igual aos outros, mas em lugar disto ele nos descreve a tão conhecida Oração Sacerdotal de Jesus.

Nos três primeiros Evangelhos podemos perceber a angustiante oração de Cristo. Vejamos em Lucas, capítulo 22:

40 ... disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação.

41 E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e pondo-se de joelhos, orava,

42 dizendo: Pai, se queres afasta de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.

43 Então lhe apareceu um anjo do céu, que o confortava.

44 E, posto em agonia, orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que caíam sobre o chão.

45 Depois, levantando-se da oração, veio para os seus discípulos, e achou-os dormindo de tristeza;

46 e disse-lhes: Por que estais dormindo? Lenvantai-vos, e orai, para que não entreis em tentação.

O contexto desta passagem mostram que momentos antes Jesus havia partilhado do pão e vinho com os doze. Momento este onde Ele revelará o que aconteceria: a morte na Cruz.

Em sua oração Jesus faz um apelo ao Pai Celeste: Pai, se queres afasta de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. É reveladora a agonia sofrida neste instante. Ao mesmo tempo em que Ele desejava não passar pela morte, Cristo sabia que esta se fazia necessária para o cumprimento das profecias e, muito mais, pela vontade de Seu Pai. Embora a angústia da morte certa, Jesus não estava só. Um anjo aprecera para lhe dar conforto. Providencia do Pai. Dentre todas as nossas angústias, tenho certeza de que não viveremos momentos como este que Cristo viveu. E se vivermos, assim como Cristo seremos confortados e aprovados se dentro da vontade de Deus.

O que fazer na angústia foi respondido por Cristo. Oração. Não existe melhor meio do que nos apresentarmos diante de Deus e pedir que nos afaste o cálice, mas que todavia que se faça a vontade Dele em nossas vidas. A direrença entre Cristo e nós, é que Ele sabia exatamente o que lhe aconteceria no dia seguinte da Sua prisão, enquanto não sabemos o que vai acontecer daqui a um minuto. Mas, o que sabemos é que há conforto de Deus para nossos dias atribulados. Assim como Cristo advertiu seus discípulos, seja esta advertência para nossas vidas. Que seja constantes na oração e meditação da Palavra para que não caíamos na fraqueza da carne, mas que ajamos pela fortaleza do nosso espírto em Deus.

No Evangelho de João, capítulo 17, Cristo consagra os seus seguidores e todos aqueles que ainda creriam no Seu nome. O passar o cálice nas orações descritas nos outros Evangelhos é descrito aqui como a glorificação do Filho de Deus. A oração de Cristo neste Evangelho revela uma intimidade de um relacionamento profundo entre Ele e Deus, desejando o mesmo para cada um de nós. E assim orou Jesus:

24 Pai, desejo que onde eu estou, estejam comigo também aqueles que me tens dado, para verem a minha glória, a qual me deste; pois que me amaste antes da fundação do mundo.

25 Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheço; conheceram que tu me enviaste;

26 e eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer ainda; para que haja neles aquele amor com que me amaste, e também eu neles esteja.

A angústia pode nos fazer sofrer, mas o amor de Deus nos transpõe qualquer sofrimento. Mesmo o da cruz.

 

Veja abaixo um vídeo de Sérgio Lopes com duas canções maravilhosas e inspiradoras, "O Amigo" e "Sonhos".

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Onde adorar?

 

muro das lamentações

A foto ao lado mostra o muro das "lamentações", localizado em Jerusalém, Israel. Esta parte do muro é o que restou do segundo templo, cujo é apontado em João 4:20, quando do diálogo de Jesus com uma mulher samaritana, esta falava que, segundo os judeus, Jerusalém era o verdadeiro lugar da adoração.

Ainda hoje, milhares de judeus se reúnem neste lugar para elevarem suas adorações e petições a Deus.  Israel hoje está totalmente desconfigurada em comparação com o tempo de Jesus, não somente pelos cerca de 2000 anos passados, mas pela sobra do que antes era um esplendor da engenharia humana, o templo em Jerusalém.

No diálogo Jesus ensina à mulher samaritana que nem Jerusalém, nem Samaria eram os lugares para se adorar a Deus. Nosso Senhor queria dizer que Deus não se limitava àquelas paredes do templo, nem aos sacrifícios ali prestados. Deus queria muito mais que isso, tanto de judeus, como de samaritanos. Deus estava procurando verdadeiros adoradores, que O adorassem em espírito e em verdade.

Neste instante precisamos ter mente o que significa: adoração em espírito e em verdade.

Adoração significa gratidão. Adorar a Deus é ser grato por todas as coisas. Diferente de louvor, que é cantar a Deus cânticos que o exaltem. A gratidão está inserida no louvor, como expressão de demonstrar um coração grato pelos Seus feitos. Já houve algum momento em que você agiu para com Deus de modo que você sentiu seu coração cheio de gratidão? Deus gosta de ver qualquer criatura voltar para Ele com gratidão, gratidão em espírito e em verdade.

Espírito está contrastando com forma material. No verso 24 de João 4, Jesus diz que a adoração deve ser em espírito porque Deus é espírito. Isto me leva para o primeiro mandamento dos dez (Êxodo 20:3), quando Deus diz não "terás outros deuses diante de mim". Aqui Deus expressa que o homem não deve ter nenhuma adoração a outro ser diante dos Seus olhos. Ele não reparte a Sua adoração. Por isso, quando Jesus disse ser a adoração em espírito, ele quis dizer que deve ser do nosso íntimo, independente de qualquer forma material, pela fé exclusiva em Deus. Você quer repartir o seu mérito de algum feito com alguém que não te ajudou em algo? Seja a Deus a glória e o louvor. Seja a Deus a nossa gratidão em espírito e em verdade.

Verdade contrasta a falsidade. Quando eu estou errado, e não consigo reconhecer meu erro, me sentindo irado por dentro, eu não consigo orar a Deus, nem mesmo elevar louvor e adoração, pois geralmente o meu eu quer fazer aquilo que não O agrada. Se tem algo errado na minha vida, eu sou advertido por esta Palavra em João 4:24 que não devo me apresentar como adorador, porque se alguma coisa está errada, logicamente não estou vivendo com veracidade. Deus quer um coração com gratidão genuína. Ele não quer adoração de lábios falsos, Ele quer ver subir um perfume agradável através dos nossos feitos, Ele quer se regozijar com nossos feitos. A Sua busca tem sido por pessoas gratas em espírito e em verdade, não somente em espírito, não somente pela razão, mas por ambas as coisas, porque Deus é reconhecido e valorizado na justiça.

Aonde adorar? Nem em Jerusalém, nem em Samaria, nem no Brasil, outro qualquer ou lugar. Onde o verdadeiro adorador estiver, ali Deus deverá ser adorado. Eis o tempo de adoração.

A verdadeira gratidão está nos corações que vivem em comunhão com Deus através do Santo Espírito.

 

  Leia João 4 clicando aqui.

domingo, 20 de janeiro de 2008

No final de tudo

Gosto muito, admiro até, as palavras de Paulo, ao escrever ao jovem Timóteo (2 Tm 4:7), quando diz: combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.

Estas palavras, desde o primeiro contato com elas, sempre me foram inspiradoras. Elas me fazem sentir motivado com a vida no geral, sentir satisfação por cada dia vivido e amar, acima de tudo, o único e soberano Deus. Tais palavras me servem de parâmetro para viver cada dia de forma que seja melhor que o anterior. Melhor no sentido profissional, religiosamente, melhor como marido, filho, irmão e amigo, como cidadão. Além de soar de forma poética, as palavras de São Paulo me inspiram a pensar no último instante de vida que terei, no último ar, no último adeus, na última despedida do mundo para comigo.

Quanta besteira  a gente já não fez até hoje, não é? E quantas mais faremos? É inevitável, não tem como não errar. Somos incapazes de fazer tudo certo. Isso não é consolo para viver errando, mas temos que ter a ciência de que não somos tão perfeitos. Mas, as palavras de Paulo me servem para mirar lá, bem longe, num futuro que, creio, está muito distante. Naquele dia onde muitos estarão chorando, espero que de saudade, pela minha partida. Não veja este artigo de hoje como algo mórbido, mas o tenha como instrumento de reflexão.

Eu tenho um desejo, que agora se torna mais externo ainda, que é o fato de no dia da minha despedida, as pessoas possam dizer "este era um homem de Deus". Eu quero que as pessoas ao chorarem possam também se lembrar das contribuições que eu fiz para suas vidas, sejam elas quem forem. Não quero que meu velório seja triste, mas quero que seja muito alegre, e que quando eu for lembrado por cada um que rodeou minha vida, possa ter tido a satisfação de ter sido, pelo menos, conhecido meu. Eu sei que para tudo isto aconteça ,eu terei que trabalhar muito pelos dias que se seguem, terei que ser educado, bondoso, bom marido e pai, filho exemplar, bom amigo, excelente profissional e, principalmente, verdadeiramente amar a Deus. Tenho muito o que aprender. E Paulo me inspira em suas palavras.

Talvez Paulo tenha pensado como eu penso. Contudo, suas palavras revelam plena satisfação do ministério que lhe fora dado por Deus, o de propagar a Sua palavra por todo o mundo. Ele passou por provações cruéis. Prisões, perseguições, chicoteadas. E ainda assim foi bom. A sensação quando ele escreveu estas palavras é de que não havia mais nada para se fazer, porque a sua carreira estava realmente completa. O momento era de guardar a fé e esperar a sua partida. A sua sentença por parte de Deus.

Podemos pensar de como será no final de tudo, mas nossas ações de hoje é que nos direcionarão para esse final. Você quer pessoas te amando? Ame-as. Você quer pessoas com saudades de você? Ame-as. Você quer um mundo melhor? Ame-o. Nós precisamos amar mais e mais, como disse o poeta: amar as pessoas como se não houvesse amanhã.

O evento mais importante que o nascimento ou a morte é o intervalo entre ambos. Viva-o intensamente.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Um toque de amor

Conta Mateus, em seu livro no capítulo 8, que um homem leproso se aproxima de Cristo e O adora. Em seguida a sua adoração clama que se Jesus quisesse poderia curá-lo. E Jesus quis! Mas o mais fascinante de toda a história não está na cura, e sim na atitude tanto de Cristo quanto do leproso.

Como todos sabemos que assim como alguns grupos da sociedade, entre eles as mulheres, os leprosos também eram desprezados pelos judeus. Talvez este num grau com seqüelas muito maiores do que a dos outros. Havia no território israelense seis cidades especiais, as quais eram chamadas cidades de refúgio. Estas cidades eram sitiadas por aquelas pessoas incapazes de viver na sociedade, dentre eles os leprosos. Eles estavam separados dos demais judeus. Totalmente separados, uns por algum tempo, mas outros por toda a vida. Você pode imaginar isto? Imaginar até pode ser possível, mas viver isto, você pode?

Vinha Jesus de mais um dos seus sermões, exatamente daquele declarado Sermão do Monte, onde Mateus usa três capítulos para expor as palavras do Mestre, quando ao seu encontro vem um homem. Não um homem qualquer, mas um desfigurado socialmente. Um repugnante, um asqueroso, um fedorento maltrapilho, um nojento, ou como gritavam os judeus, um imundo. A sua expressão deveria ser totalmente horrível, indigna de continuar vivendo. Porque além daquela maldita hanseníase perturbar aquele corpo, deveria incomodar muita gente. Por onde passava causava horror, certamente. E por isso o leproso deveria viver numa cidade de refúgio.

Este homem se achega a Jesus em atitude de disposição, de humilhação, reconhecendo a sua posição. Após adorá-lo, ele diz: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. Ele sabia com quem estava falando, e o reconheceu como Senhor, e não como um judeu qualquer. Não bastava mais nada além de declarar que Jesus era o Senhor, pois a sua atitude inicial demonstrou este reconhecimento, porque ele O adorou. Mas ele prossegue clamando que se Cristo quisesse, ele poderia ficar curado. Assim como Davi, quando reconhecendo o seu pecado ao cobiçar Bate-Seba, pediu ao Senhor para que o purificasse (Sl 51:7), “purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me e ficarei mais alvo que a neve”, o leproso também desejou ser purificado.

E Jesus não somente quis, como também o tocou. E isto, certamente, fez grande diferença na vida daquele, que para nosso Senhor era um homem como qualquer outro judeu. O homem não somente recebeu de Jesus o milagre da cura, como também o dom do amor. Foi através do toque de Deus, através de Cristo, que aquele homem ficou curado de sua doença. Aquele que outrora era um imundo, agora estava limpo. E poderia voltar a uma vida socialmente aceitável perante toda a nação.

Esta é só mais uma demonstração do que a nós representa o ministério de Jesus nos dias atuais. Certamente, aquele homem não estava enfermo somente em sua carne, mas em seu espírito. Ele era descriminado pela sociedade, e até mesmo impedido de estar no seio de sua família. Imaginemos que este homem sendo casado, não poderia abraçar a sua esposa. Sentir o seu calor nas noites frias, nem mesmo o acalanto nos momentos de dor. Nem mesmo poder abraçar sua filha para pronunciar o amor de pai. Nem mesmo se achegar perto do seu pai para pedir conselhos, nem mesmo tomar aquela tão deliciosa sopa de lentilhas que sua mãe preparava. Mais do que um leproso, ele fora um descriminado por homens iguais a ele. Diante de Deus todos eram iguais. Diante dos homens, ele era um leproso. E por isso ele era tratado como escória na sociedade, e a cidade de refúgio era o seu único lugar. Nem mesmo sua esposa e filha podiam chegar perto dele, pois estariam sujeitas a adquirir a maldita doença.

Mas um dia, em Cristo, aquele leproso rejeitado teve a esperança de estar em meio aos seus entes familiares, nas rodas de amigos, andando livremente pelas praças e ir ao templo oferecer ofertas ao Senhor. Ele, através do toque de Deus, estava curado, livre daquela chaga que tanto o maltratou física e psicologicamente. Ele estava livre!

E hoje? Quantos leprosos figurados em alcoólatras, homossexuais, prostitutas, marginais, viciados, pessoas errantes, divorciados, adúlteros, entre outros, são tratados como imundos?

Quantas vezes torcemos o nariz a um mendigo fedendo a urina, e nós logo o despachamos porque a presença repugnante dele com aquele cheiro horrível nos perturbam? Quantas vezes nossas moedinhas, balançando em nossos bolsos, foram negadas a pedintes? Pedro e João nada tinham além do exemplo de Cristo, e dado foi o poder a eles para curarem um paralítico quando lhes pediu esmolas.

Quantas prostitutas se aproximam dos nossos carros, e logo subimos o vidro porque não queremos ter contato com aquele corpo possesso, nem mesmo queremos que a nossa “santidade” seja afetada com tanta transgressão em um corpo. Jesus, de modo oposto, libertou Maria Madalena de sete demônios e ganhou uma serva fiel.

Quantas vezes temos dados altas gargalhadas com os vídeos que recebemos pela internet, de homens cheios de cachaça e que são presos porque causavam a desordem na sociedade. Homens cheios da investida de Satanás. Certa vez Jesus chegando a fronteira da Galiléia, em rumo a terra dos gesarenos, vem em sua direção um homem nu, que muitas vezes fora aprisionado com cadeias e grilhões, e é liberto de uma legião.

Quantas vezes pensamos em apedrejar adúlteros, marginais e viciados como os escribas e fariseus tentaram quanto Jesus proclamou que “aquele que estiver dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire pedra”?

Quantos homens e mulheres habilitados por Deus estão sentados nos bancos de nossas igrejas, porque os estatutos os excluem de abençoar outras pessoas com os dons que lhes foram dados pelo Espírito Santo?

Quantos aidéticos estão em estado final nos hospitais, tratados com rejeição porque a imundice do seu pecado se tornara evidente, e agora são objetos da dureza dos nossos corações. Alguns dizem que receberam o fruto de suas escolhas. É verdade. Lembrem-se, frutos das próprias escolhas.

Hoje, são estes acima que estão nas suas cidades de refúgio, sem poder estar no seio da família, nas rodas com os amigos, nos shoppings, e até mesmo em muitas igrejas. Hoje são eles, amanhã poderemos ser um deles.

Deus, sem espírito de rejeição, colocou Sua mão santa na lama e nos resgatou do mundo da perdição. Isso não fez com que Ele se tornasse um imundo, mas nos tornou limpos. Jesus disse que veio para que Nele tivéssemos vida, e vida em abundância. E assim, de criatura, nos tornamos filhos do Deus Vivo, fomos adotados, purificados pelo sangue, libertos do poder do pecado. Fomos tocados por Deus!

Apóstolo Paulo diz que de Deus não zombamos, porque aquilo que AQUI semearmos, também ceifaremos. “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos” completa ele. E o que ceifarmos, serão os frutos das nossas próprias escolhas.

toque de amorJesus nunca se importou como as pessoas são, e sim como elas estão.

Leprosos, alcoólatras, homossexuais, prostitutas, marginais, viciados, pessoas errantes, divorciados, adúlteros, entre outros, podem sentir o toque de Deus através das nossas mãos.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Agrado recíproco

 

Desde 2006 tenho por algumas vezes provado da fidelidade e agrado em Deus. Poderiam ter sido mais vezes se eu fosse audacioso. 2006 foi para mim um divisor de águas. Muitas coisas aconteceram desde então. Novas oportunidades de trabalho, crescimento profissional e acadêmico, novos relacionamentos e, principalmente, a reconstrução da área mais desejada na minha vida, a família.

Nestes últimos momentos pude, algumas vezes, ter provado do que chamo de agrado recíproco. Este evento é a aplicação prática do Salmo 37:3-7, que diz:

3 Confia no SENHOR e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado.

4 Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração.

5 Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará.

6 E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia.

7 Descansa no SENHOR, e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos.

No verso 3 somos convidados a confiar em Deus. Ou seja, de transferir nossa confiança em qualquer outra coisa para, exclusivamente, em Deus. Sabe quando não mais lugares onde ir, nem pessoas a procurar, nem mesmo forças para erguer nossa mão e fazer sinal de "estou aqui, socorro"? Infelizmente, são nesses momentos, que muitas pessoas lembram de Deus. Algumas vezes eu fiz assim, mas depois de algumas lições, aprendi a estabelecer prioridade a Deus. Sabendo, desta forma, que minha confiança deve estar firmada nele.

Gosto da figura que geralmente o baiano é tratado, aquela de estar deitado numa rede de forma bem descansada. Deleitar em Deus é isto, descansar. Não de forma preguiçosa porque as coisas não cairão do céu. Ao mesmo tempo em que lançamos nossa confiança em Deus com o objetivo de que Ele nos ajude a resolução de algo, ele quer que estejamos em ação. Mas deleitar é isto, descansar em Deus sabendo que Ele fará concederá aquilo que desejamos. Aqui está o ponto chave deste artigo. "e te concederá os desejos do teu coração". O agrado recíproco acontece quando você se agrade Deus buscando nEle a sua confiança e descansando na ação do Seu poder. Deus tem prazer em que alguém se agrade dEle, desta forma, por Sua vez, se agradando de cada que assim o faz. A consequência é Deus conceder aquilo que você tem Desejado. Mas, da nossa parte, o agrado a Deus tem que ser genuíno e não mesquinho, visando somente aquilo que queremos. Quando nos sujeitamos a confiar em Deus, estaamos, também, nos sujeitando a cumprir com seus mandamentos, a Sua vontade para nossas vidas.

O verso 5 é uma confrmação dos versos 3 e 4. Uma entrega a Deus da sua vida, da sua plena confiança de que Ele é suficiente. O conclue este verso dizendo que o feito vem pela confiança.

Quantas vezes nos sentimos injustiçados pela circunstâncias da vida? A confiança em Deus nos traz a esperança de que no tempo adequado, no momento certo, teremos nossa justiça. Você já foi acusado por desonestidade sem ter desviado 1 centavo? Seu caráter já foi colocado em prova? Sua palavra foi tida como duvidosa? Alguma coisa destas aconteceu quando você tinha plena convicção de que não fizera nada errado? É em momentos como estes que Deus prova a Sua justiça em nossas vidas. E nos faz sobressair como luz em meio a escuridão.

pai_e_filho Descansar e confiar são requisitos para um vida de paz e sucesso em Deus. Muitos conseguem chegar no topo sem Deus, mas o final é muito diferente. Se Deus não existisse, a física ensinaria. Se não há uma base bem estabelecida no construir de um edíficio, ele cai. Se a sua vida tem sido construída sem Deus a sustentando, você pode subir mais alto que o Everest, mas um dia cairá. E o tombo, como já diz o popular, "quanto mais alto, maior a queda".

Você quer saber se tudo isto que escrevi é verdade? Você tem duas escolhas: fazer da sua vida aquilo que você acha que é certo ou confiar, descansar e esperar em Deus.

 

Deus pode fazer muito por você, mas Ele espera que primeiro você confie nEle.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Não andeis ansiosos

ansiedadeQuando criança, eu antecipava minhas emoções em relação a alguns eventos e sentia que meu corpo reagia de modo estranho, nada demais, mas sentia algo diferente pelo meu estomago. Compartilhando com um primo ele me explicou que aquilo era ansiedade. Hoje já “macaco velho”, como costumo dizer, me sentir ansioso faz um estrago no meu cotidiano. A última vez que a ansiedade tomou conta de mim foi nas vésperas de eu viajar para Santos/SP, quando depois de 10 anos teria um bom tempo com meus familiares e reveria velhos amigos da infância, escola e trabalho. Eu passei cerca de quinze dias achando que estava com uma gastrite, não conseguia comer algo qualquer, e dormia pouco. Quando então cheguei na minha tão saudosa cidade, toda a ansiedade acabou. Prometi procurar controlar a ansiedade.

De outras formas a ansiedade pode ser uma perturbação em nossas vidas, seja em eventos como o que eu vivenciei, como em nosso cotidiano profissional ou familiar, nas preocupações com as finanças, na educação dos filhos, nas notas da universidade ou escola, no início do namoro ou casamento, na dúvida de que profissão seguir, se haverá de ser pai ou não, se alguns contratos serão fechados, se daqui a dez estarei morando no lugar dos meus sonhos, se amanhã vai chover ou fazer sol, enfim, uma série de situações que podem nos fazer andar ansiosos.

Apóstolo Paulo, ao escrever aos Filipenses, 4:6, disse “Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças”. Gostaria de divir este versículo em três partes:

1. Não andeis ansiosos por coisa alguma

Aqui, Paulo não está especificando uma situação. De acordo com os exemplos que citei, coisas do citidiano, de pessoas diferentes, de coisas bobas, é costumeiro querer antecipar resultados, sofrendo sem necessidade, trazendo consequências físicas e emocionais para si. O propósito para esta exortação de Paulo é para que tenhamos paz para conosco. Lembra da minha viagem a Santos? Não seria melhor se eu tivesse mantido a calmaria? Com certeza.

2. Antes de tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus

Antes de sofrer, de querer romper a limitação humana, o que na verdade não acontecerá, faça conhecida a sua situação diante de Deus, que na Sua santa sabedoria nos guiará em paz para que no tempo certo, e já determinado por Ele, possamos ter aquilo que tanto esperamos, se para o nosso bem. Isto é dependência. Já dissera o próprio Senhor Jesus que se buscar nós acharemos e, se, pedir nós encontraremos.

3. Pela oração e súplica com ações de graça

Oração e súplica podem ser interpretadas como uma mesma atitude, ou seja, a de se dirigir a Deus, compartilhando as necessidades ou desejos no sentido de que recorrer a Deus é buscar a Sua paz para viver sem ansiedade. Paulo encerra este versículo com as palavras “ações de graça”. Independente do resultado que se obtenha, nossos corações devem estar cheios de gratidão, pois quando agindo desta forma estamos envolvidos da paz e do amor de Deus.

O apóstolo Paulo tinha profundo conhecimento e autoridade nas palavras que expressa em Filipenses 4:6, pois este escrito faz parte de uma coleção que fora registrada quando em se encontrava aprisionado por propagar o Evangelho de Cristo. Poderia ele estar ansioso em querer sair dali, desejando estar com seus amigos e irmãos em Cristo, mas ele apenas esperou o dia da oraçãosua sentença e libertação, sem ansiedade por coisa alguma.

Quando a parede da limitação chegar a sua frente, não a esmurre. Ajoelhe-se e ore com ações de graça ao nosso Pai Celeste.